Conexão, prática e reflexão: o que vimos no Bootcamp RD Station 2025
- Victória Conceição
- 15 de ago.
- 3 min de leitura
No último dia 25 de julho, eu e minha colega Karol participamos do Bootcamp RD Station #3, que aconteceu no Centro de Convenções do Rio de Janeiro, em Botafogo. Representando a FUSS, fomos acompanhar de perto uma programação intensa voltada a agências e consultorias, com foco em temas como estratégias multicanais, marketing, vendas e inteligência artificial.
A proposta era promover um ambiente de troca entre profissionais do setor e trazer à tona discussões práticas e atuais sobre os desafios do mercado. Com presença de representantes de 30 agências, o evento reuniu desde lideranças até analistas em diferentes frentes, todos com experiências diversas, mas lidando com dilemas semelhantes.

Programação Bootcamp: objetiva, com recortes do agora
A agenda foi estruturada em blocos bem definidos, com palestras curtas e rodas de conversa no período da tarde. A manhã começou com a fala de boas-vindas do Luís Lourenço, da própria RD Station, seguida por conteúdos voltados para aplicação direta no dia a dia das agências:
Multicanalidade na prática, com Bruno Peres (ESPM), destacou como integrar canais com foco em conversão, sem fórmulas genéricas.
Em paralelo, Rouglas Strapazzon, da Growth Machine, trouxe provocações sobre o alinhamento entre marketing e vendas, com ênfase em estratégias de CRM.
No início da tarde, Renan Caixeiro, do Reportei, abordou o novo cenário do marketing digital e refletiu sobre o futuro das agências diante de um mercado cada vez mais dinâmico.
E encerrando as falas técnicas, Zaika Santos, CEO do Afrofuturismo, trouxe o tema da IA aplicada ao dia a dia, destacando o uso da tecnologia com viés estratégico e humano.
No geral, a curadoria buscou um equilíbrio entre o discurso inspiracional e o pragmático. Ainda que em alguns momentos o conteúdo soasse repetitivo para quem já está imerso em certos temas, as falas trouxeram bons pontos de atenção e, principalmente, repertório.

Rodas de conversa: escuta ativa e identificação
Durante a tarde, os participantes foram divididos em grupos temáticos. Escolhemos a roda sobre Marketing e Vendas, que contou com Rouglas Strapazzon e Miguel Pereira (Road). A dinâmica foi fluida e o ambiente permitiu conversas mais horizontais, algo que, para quem atua remotamente como nós, faz bastante diferença.
Outras rodas abordaram Visão de Negócio (com Zaika Santos e Renan Caixeiro) e Operação de Agências e Consultorias (com Tatiana Queiroz e Gustavo Landim). Nessas rodas, o valor estava muito mais na escuta do que nas soluções prontas: a troca de experiências reais trouxe à tona desafios comuns como gestão de time, integração de processos e o famoso “desalinhamento entre áreas”.

Por que eventos como esse importam para a FUSS
Trabalhamos 100% remoto. Isso significa que, muitas vezes, operamos com certo distanciamento físico da realidade de algumas agências que atendemos. Participar de um evento como esse tem um papel importante nesse sentido: nos reconectar com o cotidiano desses clientes, observar suas dores de perto e identificar formas mais eficazes de nos comunicar com eles.
Como jornalista da equipe de comunicação da FUSS, eu valorizo muito o contato direto com outras áreas e profissionais. O Bootcamp não trouxe nenhuma grande revolução conceitual, mas reforçou tendências, reacendeu debates importantes e proporcionou espaço para observar o mercado com outros olhos, e isso já é bastante.
Além disso, foi um momento de reafirmar o quanto a escuta e a empatia são ferramentas poderosas. Compartilhar algumas das minhas próprias dificuldades com outras pessoas da área e ouvir trajetórias diversas me ajudou a pensar caminhos mais conscientes e estruturados para o meu desenvolvimento profissional.
Para além da pauta
A Karol, minha parceira de time, resumiu bem o sentimento pós-evento:
"Foi um dia inteiro de muita troca, com grandes nomes do mercado. Voltei cheia de insights sobre como conectar marketing e vendas com mais inteligência, previsibilidade e foco no resultado. Se RevOps já fazia sentido, agora faz ainda mais."

A gente volta com anotações, contatos, referências, ideias... Mas volta, acima de tudo, com um senso de pertencimento mais forte. Com a sensação de que não estamos sozinhas tentando resolver problemas que são, na verdade, coletivos. E que há espaço - e vontade - de transformar.
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